Autor: Tuongvy Le, fonte: Coindesk, tradução: Shaw Jinse Caijing
Como consultor de instituições financeiras tradicionais (TradFi) e empresas nativas de criptomoedas, estou entusiasmado com o potencial da blockchain e da tokenização, pois pode ajudar as instituições de gestão de ativos a atender a próxima geração de investidores.
Estas instituições financeiras orgulham-se de dominar situações complexas e de perseguir estratégias inovadoras. Elas gerem trilhões de dólares em fundos nas áreas de capital privado, crédito, capital de risco e ativos físicos. Mas apesar de serem bastante habilidosas na construção de portfólios, muitas dessas instituições ainda dependem de infraestruturas mais adequadas à era do fax.
Os registros dos investidores são mantidos em uma planilha eletrônica e a captação de capital é enviada por e-mail. O cálculo em cascata é feito manualmente. Os sócios limitados recebem um arquivo PDF a cada trimestre, além disso, não há mais nada. A arquitetura técnica dessas empresas é fraca e opaca, necessitando urgentemente de uma atualização significativa.
A blockchain não é uma manobra especulativa, mas sim um sistema operacional financeiro moderno. Para os gestores de ativos, ela não apenas oferece oportunidades modernas de gestão e operação de fundos, mas também abre novos campos para expandir a variedade de produtos e melhor servir os atuais e futuros grupos de clientes.
Infraestrutura de Fundos Modernizada
A maioria das empresas de investimento ainda depende de gestores, depositários e agentes de transferência complexos, que usam seus próprios sistemas, verificando manualmente os registros em cada fase do ciclo de vida do fundo (incluindo estabelecimento, preparação, captação e introdução, operação, negociação e liquidez, bem como liquidação). Como esses processos são em sua maior parte manuais e personalizados, são propensos a erros, com frequentes atrasos, baixa transparência, enquanto os custos de conformidade e gestão continuam a aumentar.
A blockchain e a tokenização resolvem esses problemas de ineficiência ao padronizar fluxos de trabalho entre vários participantes. Um livro-razão autorizado compartilhado por sócios gerais, sócios limitados, gestores de fundos, agentes de transferência, auditores e outras partes pode se tornar a única fonte verdadeira de informações sobre contas de investidores, fluxos de fundos e históricos de transações. Assim, não há mais sistemas descentralizados, informações isoladas e reconciliações semanais, mas todos operam com base nos mesmos dados, que são atualizados em tempo real e visíveis.
Os contratos inteligentes podem executar automaticamente chamadas de fundos, alocações e até lógicas complexas em cascata, garantindo que os montantes corretos sejam pagos de forma instantânea e transparente ao contraparte correta. Além disso, a tokenização e a interoperabilidade de diferentes tipos de ativos permitem a automação e a liquidação instantânea, sem se preocupar com arquivos PDF, atrasos em transferências bancárias e erros humanos.
Essas não são apenas novidades, mas sim uma atualização operacional. Os investidores podem manter ações de fundos digitais, liquidar resgates em stablecoins e acompanhar em tempo real a acumulação de rendimentos. Para a gestão de caixa, isso representa uma mudança disruptiva. Para a equipe operacional, isso significa reduzir gargalos e um processo de auditoria mais claro.
A blockchain e a tokenização não se tratam apenas de liquidez, mas também oferecem uma oportunidade para a operação de fundos, substituindo sistemas desajeitados e improvisados por uma infraestrutura simplificada e programável.
Próxima geração de ferramentas de investimento
Se a blockchain já está a inovar a infraestrutura dos fundos, então a próxima fronteira é ainda mais emocionante: utilizar esta tecnologia para criar produtos sem precedentes.
Comece com a tokenização de crédito privado. Veja o fundo de crédito privado tokenizado da Apollo, que transferiu mais de 100 milhões de dólares em fundos na blockchain e existe simultaneamente em várias blockchains, permitindo a interoperabilidade com sistemas de custódia digital. Ou a plataforma Benji da Franklin Templeton, cujo fundo de mercado monetário tokenizado está distribuído em várias blockchains, permitindo que seus investidores realizem transferências de ações ponto a ponto usando stablecoins, obtendo rendimentos intradiários precisos até o segundo e desfrutando da liquidez do mercado monetário tokenizado. Ao mesmo tempo, o fundo de mercado monetário institucional tokenizado da BlackRock superou 2,5 bilhões de dólares em ativos sob gestão após um ano de lançamento.
Estes produtos não trazem apenas melhorias em termos de operação; eles permitem a propriedade fracionada, a liquidez do mercado secundário e oferecem aos investidores que desejam acessar esses produtos, mas não querem assumir os compromissos tradicionais da estrutura de sócios limitados, um caminho extremamente conveniente.
As empresas mais visionárias vão ainda mais longe: criam produtos totalmente novos em blockchain. Tomemos como exemplo o tesouro de rendimento on-chain, que é um conceito relativamente novo no campo das criptomoedas, funcionando como uma estratégia de investimento que se executa automaticamente.
Empresas como a Veda Labs estão na vanguarda do lançamento de contratos inteligentes, que podem permitir a penhor de ativos tokenizados, a venda de opções de compra cobertas, a concessão de empréstimos a protocolos ou a realização de arbitragem em DeFi, permitindo que instituições como empresas de gestão de ativos ofereçam estratégias de investimento white label e de marca, que podem ser executadas automaticamente, incorporando diretamente a conformidade e a lógica de custos no protocolo. Sem necessidade de planilhas ou intermediários, basta construir produtos de investimento compostáveis e auditáveis para configuradores nativos digitais. Sem depender de cálculos opacos de valor líquido dos ativos, os rendimentos podem ser verificados na blockchain.
Em resumo: esta é uma nova categoria de produtos de investimento. É mais transparente do que os fundos de índice (ETFs), mais automatizada do que os fundos de hedge e mais programável do que qualquer ferramenta de investimento tradicional.
Agora é o momento de construir
As empresas de gestão de ativos não precisam abrir mão das suas próprias forças, mas realmente precisam inovar suas formas e conteúdos de serviço.
A blockchain não representa uma ameaça para o mercado privado, mas sim um upgrade que o mercado privado esperava há muito tempo. Ela pode simplificar a complexidade das operações de backend, reduzir os riscos operacionais e fornecer aos clientes produtos mais rápidos, mais inteligentes e mais eficientes.
As ferramentas estão prontas, a infraestrutura está em funcionamento. Os pioneiros já mostraram possibilidades infinitas. Os gestores de ativos que ignorarem essa inovação enfrentarão o risco de serem eliminados pela era — porque enquanto outros gestores de ativos ainda estão enviando solicitações de alocação de fundos por e-mail, a próxima geração de plataformas de investimento já está sendo construída: baseada em blockchain, em tempo real e em grande escala.
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Blockchain pode modernizar o modelo de operação de gestão de ativos e revitalizar o sistema de produtos.
Autor: Tuongvy Le, fonte: Coindesk, tradução: Shaw Jinse Caijing
Como consultor de instituições financeiras tradicionais (TradFi) e empresas nativas de criptomoedas, estou entusiasmado com o potencial da blockchain e da tokenização, pois pode ajudar as instituições de gestão de ativos a atender a próxima geração de investidores.
Estas instituições financeiras orgulham-se de dominar situações complexas e de perseguir estratégias inovadoras. Elas gerem trilhões de dólares em fundos nas áreas de capital privado, crédito, capital de risco e ativos físicos. Mas apesar de serem bastante habilidosas na construção de portfólios, muitas dessas instituições ainda dependem de infraestruturas mais adequadas à era do fax.
Os registros dos investidores são mantidos em uma planilha eletrônica e a captação de capital é enviada por e-mail. O cálculo em cascata é feito manualmente. Os sócios limitados recebem um arquivo PDF a cada trimestre, além disso, não há mais nada. A arquitetura técnica dessas empresas é fraca e opaca, necessitando urgentemente de uma atualização significativa.
A blockchain não é uma manobra especulativa, mas sim um sistema operacional financeiro moderno. Para os gestores de ativos, ela não apenas oferece oportunidades modernas de gestão e operação de fundos, mas também abre novos campos para expandir a variedade de produtos e melhor servir os atuais e futuros grupos de clientes.
Infraestrutura de Fundos Modernizada
A maioria das empresas de investimento ainda depende de gestores, depositários e agentes de transferência complexos, que usam seus próprios sistemas, verificando manualmente os registros em cada fase do ciclo de vida do fundo (incluindo estabelecimento, preparação, captação e introdução, operação, negociação e liquidez, bem como liquidação). Como esses processos são em sua maior parte manuais e personalizados, são propensos a erros, com frequentes atrasos, baixa transparência, enquanto os custos de conformidade e gestão continuam a aumentar.
A blockchain e a tokenização resolvem esses problemas de ineficiência ao padronizar fluxos de trabalho entre vários participantes. Um livro-razão autorizado compartilhado por sócios gerais, sócios limitados, gestores de fundos, agentes de transferência, auditores e outras partes pode se tornar a única fonte verdadeira de informações sobre contas de investidores, fluxos de fundos e históricos de transações. Assim, não há mais sistemas descentralizados, informações isoladas e reconciliações semanais, mas todos operam com base nos mesmos dados, que são atualizados em tempo real e visíveis.
Os contratos inteligentes podem executar automaticamente chamadas de fundos, alocações e até lógicas complexas em cascata, garantindo que os montantes corretos sejam pagos de forma instantânea e transparente ao contraparte correta. Além disso, a tokenização e a interoperabilidade de diferentes tipos de ativos permitem a automação e a liquidação instantânea, sem se preocupar com arquivos PDF, atrasos em transferências bancárias e erros humanos.
Essas não são apenas novidades, mas sim uma atualização operacional. Os investidores podem manter ações de fundos digitais, liquidar resgates em stablecoins e acompanhar em tempo real a acumulação de rendimentos. Para a gestão de caixa, isso representa uma mudança disruptiva. Para a equipe operacional, isso significa reduzir gargalos e um processo de auditoria mais claro.
A blockchain e a tokenização não se tratam apenas de liquidez, mas também oferecem uma oportunidade para a operação de fundos, substituindo sistemas desajeitados e improvisados por uma infraestrutura simplificada e programável.
Próxima geração de ferramentas de investimento
Se a blockchain já está a inovar a infraestrutura dos fundos, então a próxima fronteira é ainda mais emocionante: utilizar esta tecnologia para criar produtos sem precedentes.
Comece com a tokenização de crédito privado. Veja o fundo de crédito privado tokenizado da Apollo, que transferiu mais de 100 milhões de dólares em fundos na blockchain e existe simultaneamente em várias blockchains, permitindo a interoperabilidade com sistemas de custódia digital. Ou a plataforma Benji da Franklin Templeton, cujo fundo de mercado monetário tokenizado está distribuído em várias blockchains, permitindo que seus investidores realizem transferências de ações ponto a ponto usando stablecoins, obtendo rendimentos intradiários precisos até o segundo e desfrutando da liquidez do mercado monetário tokenizado. Ao mesmo tempo, o fundo de mercado monetário institucional tokenizado da BlackRock superou 2,5 bilhões de dólares em ativos sob gestão após um ano de lançamento.
Estes produtos não trazem apenas melhorias em termos de operação; eles permitem a propriedade fracionada, a liquidez do mercado secundário e oferecem aos investidores que desejam acessar esses produtos, mas não querem assumir os compromissos tradicionais da estrutura de sócios limitados, um caminho extremamente conveniente.
As empresas mais visionárias vão ainda mais longe: criam produtos totalmente novos em blockchain. Tomemos como exemplo o tesouro de rendimento on-chain, que é um conceito relativamente novo no campo das criptomoedas, funcionando como uma estratégia de investimento que se executa automaticamente.
Empresas como a Veda Labs estão na vanguarda do lançamento de contratos inteligentes, que podem permitir a penhor de ativos tokenizados, a venda de opções de compra cobertas, a concessão de empréstimos a protocolos ou a realização de arbitragem em DeFi, permitindo que instituições como empresas de gestão de ativos ofereçam estratégias de investimento white label e de marca, que podem ser executadas automaticamente, incorporando diretamente a conformidade e a lógica de custos no protocolo. Sem necessidade de planilhas ou intermediários, basta construir produtos de investimento compostáveis e auditáveis para configuradores nativos digitais. Sem depender de cálculos opacos de valor líquido dos ativos, os rendimentos podem ser verificados na blockchain.
Em resumo: esta é uma nova categoria de produtos de investimento. É mais transparente do que os fundos de índice (ETFs), mais automatizada do que os fundos de hedge e mais programável do que qualquer ferramenta de investimento tradicional.
Agora é o momento de construir
As empresas de gestão de ativos não precisam abrir mão das suas próprias forças, mas realmente precisam inovar suas formas e conteúdos de serviço.
A blockchain não representa uma ameaça para o mercado privado, mas sim um upgrade que o mercado privado esperava há muito tempo. Ela pode simplificar a complexidade das operações de backend, reduzir os riscos operacionais e fornecer aos clientes produtos mais rápidos, mais inteligentes e mais eficientes.
As ferramentas estão prontas, a infraestrutura está em funcionamento. Os pioneiros já mostraram possibilidades infinitas. Os gestores de ativos que ignorarem essa inovação enfrentarão o risco de serem eliminados pela era — porque enquanto outros gestores de ativos ainda estão enviando solicitações de alocação de fundos por e-mail, a próxima geração de plataformas de investimento já está sendo construída: baseada em blockchain, em tempo real e em grande escala.