Recentemente, a rede Monero (XMR) enfrentou um desafio de poder de computação notável. A plataforma Qubic reivindicou ter realizado um ataque de 51% ao XMR, mas análises posteriores revelaram uma situação mais complexa.
Na verdade, a Qubic não controlou realmente 51% do poder de computação da rede, mas alcançou cerca de 35% da participação no poder de computação em um curto espaço de tempo. Apesar disso, a Qubic ainda conseguiu gerar consecutivamente 6 blocos de XMR, um comportamento que foi suspeito de ter utilizado a estratégia de 'mineração egoísta'.
A mineração egoísta é uma estratégia de mineração complexa. Os mineradores não transmitem imediatamente após descobrir um novo bloco, mas continuam a minerar secretamente blocos subsequentes. Quando acumulam blocos suficientes, eles os divulgam de uma só vez, formando a cadeia mais longa, fazendo com que os blocos minerados anteriormente por outros mineradores se tornem inválidos, possibilitando assim um ataque de duplo gasto.
É importante notar que, mesmo tendo apenas 1% do poder de computação da rede, teoricamente é possível minerar consecutivamente 6 blocos, embora a probabilidade seja extremamente baixa. Ter 35% do poder de computação aumenta significativamente a taxa de sucesso dessa operação. De acordo com cálculos preliminares, considerando que o Monero gera 1440 blocos por dia, 35% do poder de computação pode teoricamente permitir a execução bem-sucedida de 2,6 dessas operações por dia, sem contar as vantagens adicionais trazidas pela estratégia de mineração egoísta.
A mineração egoísta é chamada de 'egoísta' porque, para aumentar a taxa de sucesso, os mineradores costumam gerar blocos vazios ou blocos que contêm muito poucas transações. Essa prática, na verdade, desperdiça precioso espaço de bloco e causa um impacto negativo na eficiência geral da rede.
Este incidente destacou os desafios que as redes descentralizadas enfrentam e provocou uma discussão aprofundada na comunidade sobre os mecanismos de segurança da rede. Como prevenir efetivamente várias formas de ataque, mantendo a abertura da rede, tornou-se um problema urgente a ser resolvido no campo das criptomoedas.
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
23 gostos
Recompensa
23
4
Republicar
Partilhar
Comentar
0/400
GraphGuru
· 18h atrás
Fazer tanto poder de computação para assustar quem?
Recentemente, a rede Monero (XMR) enfrentou um desafio de poder de computação notável. A plataforma Qubic reivindicou ter realizado um ataque de 51% ao XMR, mas análises posteriores revelaram uma situação mais complexa.
Na verdade, a Qubic não controlou realmente 51% do poder de computação da rede, mas alcançou cerca de 35% da participação no poder de computação em um curto espaço de tempo. Apesar disso, a Qubic ainda conseguiu gerar consecutivamente 6 blocos de XMR, um comportamento que foi suspeito de ter utilizado a estratégia de 'mineração egoísta'.
A mineração egoísta é uma estratégia de mineração complexa. Os mineradores não transmitem imediatamente após descobrir um novo bloco, mas continuam a minerar secretamente blocos subsequentes. Quando acumulam blocos suficientes, eles os divulgam de uma só vez, formando a cadeia mais longa, fazendo com que os blocos minerados anteriormente por outros mineradores se tornem inválidos, possibilitando assim um ataque de duplo gasto.
É importante notar que, mesmo tendo apenas 1% do poder de computação da rede, teoricamente é possível minerar consecutivamente 6 blocos, embora a probabilidade seja extremamente baixa. Ter 35% do poder de computação aumenta significativamente a taxa de sucesso dessa operação. De acordo com cálculos preliminares, considerando que o Monero gera 1440 blocos por dia, 35% do poder de computação pode teoricamente permitir a execução bem-sucedida de 2,6 dessas operações por dia, sem contar as vantagens adicionais trazidas pela estratégia de mineração egoísta.
A mineração egoísta é chamada de 'egoísta' porque, para aumentar a taxa de sucesso, os mineradores costumam gerar blocos vazios ou blocos que contêm muito poucas transações. Essa prática, na verdade, desperdiça precioso espaço de bloco e causa um impacto negativo na eficiência geral da rede.
Este incidente destacou os desafios que as redes descentralizadas enfrentam e provocou uma discussão aprofundada na comunidade sobre os mecanismos de segurança da rede. Como prevenir efetivamente várias formas de ataque, mantendo a abertura da rede, tornou-se um problema urgente a ser resolvido no campo das criptomoedas.