Trump ameaça impor 30% de tarifas sobre a Europa e o México, a flutuação das ações americanas é limitada, o mercado foca na divulgação dos resultados das empresas.
Apesar de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter lançado novamente um choque de impostos durante o fim de semana, afirmando que a partir de 1 de agosto será cobrada uma tarifa de 30% sobre os produtos da União Europeia e do México, a reação do mercado foi relativamente calma. Os investidores apostam que ainda há espaço para negociações e estão mudando o foco para a temporada de resultados corporativos que começa esta semana. Os três principais índices da bolsa dos EUA apresentaram desempenho morno na segunda-feira, refletindo um forte sentimento de espera entre os investidores.
(Trump anunciou a imposição de 30% de tarifas sobre a União Europeia e o México: entra em vigor em 1 de agosto)
As ações americanas oscilaram ligeiramente, com a temporada de resultados a tornar-se o foco da atenção.
Na segunda-feira, as ações dos EUA caíram ligeiramente, com o índice Dow Jones a descer 53 pontos ou 0,1%; o índice S&P 500 também caiu 0,1%; o índice Nasdaq Composite ficou a flutuar próximo da linha de equilíbrio. Apesar de as políticas comerciais de Trump terem gerado novas controvérsias, o mercado em geral acredita que essa ação visa pressionar as negociações, ainda havendo margem para manobra.
Os principais pontos de atenção dos investidores esta semana estão na divulgação dos resultados do segundo trimestre, incluindo grandes bancos como o JPMorgan Chase, que começarão a anunciar seus resultados a partir de terça-feira.
GDS Wealth Management investidor-chefe Glen Smith afirmou: "O que realmente preocupa o mercado é se os relatórios financeiros das empresas serão fortes o suficiente para superar a sombra das questões comerciais. Até agora, a resistência do mercado às notícias tarifárias ainda tem sido boa, e o foco continua nas fundamentações econômicas."
Trump ameaça novas tarifas, União Europeia e México buscam uma saída negociada
Trump anunciou no último sábado que aplicará uma tarifa de 30% sobre os produtos importados da União Europeia e do México, a ser implementada a partir de 1 de agosto. Esta medida surpreendeu os funcionários e o mercado europeu, no entanto, tanto a União Europeia quanto o México afirmaram que continuarão a negociar com os EUA até o final de julho, na esperança de reduzir a taxa de tarifas.
A declaração de Trump ocorre na véspera da divulgação dos mais recentes dados sobre inflação nos Estados Unidos, que ajudarão o mercado a avaliar o impacto real das tarifas atualmente em vigor na economia americana.
A União Europeia pode ceder, mas não descarta medidas de retaliação.
Face à pressão dos EUA, economistas da UE apontaram várias estratégias possíveis, incluindo aumentar as compras de produtos dos EUA (como soja e armamentos), reduzir as tarifas sobre produtos importados dos EUA (como automóveis) e até restringir a exportação de certos produtos estratégicos (como medicamentos europeus).
Os economistas da ING, Brzeski e Fechner, alertam que a resposta mais radical pode ser a "tarifa digital" ou a imposição de regulamentações mais rigorosas sobre os gigantes tecnológicos americanos, o que pode desencadear uma guerra comercial total.
No entanto, a maioria dos analistas ainda acredita que os EUA e a Europa chegarão a um compromisso antes do prazo.
Possível proposta de compromisso: 15% de imposto de importação?
O economista-chefe do Commerzbank, Joerg Kraemer, afirmou em uma entrevista que espera que os EUA e a Europa finalmente cheguem a algum nível de compromisso, com uma taxa média de imposto que pode ficar em torno de 15%, acima dos 10% inicialmente esperados pelo mercado, mas ainda muito abaixo dos 30% propostos por Trump.
O economista da Berenberg, Salomon Fiedler, adota uma posição mais otimista, acreditando que as tarifas podem, no final, permanecer em 10%. Ele apontou que Trump frequentemente adotava uma posição extrema inicialmente, para depois ajustar sua posição a fim de alcançar seus objetivos de negociação.
Pressões políticas e econômicas internas, Trump pode ceder?
Fiedler também mencionou que Trump ainda não implementou imediatamente as tarifas, mas estabeleceu um prazo de 1 de agosto, o que significa que ainda há espaço para negociações. Além disso, as empresas podem repassar o custo das tarifas para os consumidores, o que também coloca a Casa Branca sob pressão potencial da opinião pública.
Do ponto de vista político, a relação entre a Casa Branca e o Federal Reserve (Fed) está tensa. O principal conselheiro econômico da Casa Branca, Hassett, afirmou no domingo que, se houver uma razão válida, Trump poderá considerar demitir o presidente do Fed, Jerome Powell. Isso destaca ainda mais a forte preocupação de Trump com a política de taxas de juros e o controle econômico.
Atitude da UE: ainda à procura de soluções, mas pronta para retaliar
O Comissário de Comércio da UE, Sefcovic, expressou arrependimento e desilusão pela carta de Trump, mas a UE continua comprometida em resolver a disputa através da negociação. Ele enfatizou: "Não podemos desistir das negociações sem um verdadeiro esforço." No entanto, a UE também adiou as medidas de retaliação originalmente previstas para serem iniciadas esta semana e está se preparando para uma resposta adicional. Com a aproximação de agosto, a UE precisa acelerar o ritmo para evitar uma escalada da situação.
A economia da Europa enfrenta pressão, especialistas pedem resposta rápida
Analistas alertam que a ameaça de uma tarifa de 30% certamente traz novas pressões para a Europa. A pesquisadora sênior do instituto Bruegel, Alicia Garcia-Herrero, afirmou: "Isso é uma má notícia para a Europa, Trump está tentando forçar a União Europeia a apresentar propostas mais sérias."
Dois economistas da ING também afirmaram: "Esta carta não é uma carta de amor, nem uma carta de ameaça, mas sim uma moeda de troca que Trump usa para pressionar na mesa de negociações."
Este artigo menciona que Trump ameaçou impor uma taxa de 30% sobre a Europa e o México, com a volatilidade do mercado de ações dos EUA sendo limitada, enquanto o mercado se concentra na divulgação dos relatórios financeiros das empresas. Apareceu pela primeira vez na Chain News ABMedia.
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Trump ameaça impor 30% de tarifas sobre a Europa e o México, a flutuação das ações americanas é limitada, o mercado foca na divulgação dos resultados das empresas.
Apesar de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter lançado novamente um choque de impostos durante o fim de semana, afirmando que a partir de 1 de agosto será cobrada uma tarifa de 30% sobre os produtos da União Europeia e do México, a reação do mercado foi relativamente calma. Os investidores apostam que ainda há espaço para negociações e estão mudando o foco para a temporada de resultados corporativos que começa esta semana. Os três principais índices da bolsa dos EUA apresentaram desempenho morno na segunda-feira, refletindo um forte sentimento de espera entre os investidores.
(Trump anunciou a imposição de 30% de tarifas sobre a União Europeia e o México: entra em vigor em 1 de agosto)
As ações americanas oscilaram ligeiramente, com a temporada de resultados a tornar-se o foco da atenção.
Na segunda-feira, as ações dos EUA caíram ligeiramente, com o índice Dow Jones a descer 53 pontos ou 0,1%; o índice S&P 500 também caiu 0,1%; o índice Nasdaq Composite ficou a flutuar próximo da linha de equilíbrio. Apesar de as políticas comerciais de Trump terem gerado novas controvérsias, o mercado em geral acredita que essa ação visa pressionar as negociações, ainda havendo margem para manobra.
Os principais pontos de atenção dos investidores esta semana estão na divulgação dos resultados do segundo trimestre, incluindo grandes bancos como o JPMorgan Chase, que começarão a anunciar seus resultados a partir de terça-feira.
GDS Wealth Management investidor-chefe Glen Smith afirmou: "O que realmente preocupa o mercado é se os relatórios financeiros das empresas serão fortes o suficiente para superar a sombra das questões comerciais. Até agora, a resistência do mercado às notícias tarifárias ainda tem sido boa, e o foco continua nas fundamentações econômicas."
Trump ameaça novas tarifas, União Europeia e México buscam uma saída negociada
Trump anunciou no último sábado que aplicará uma tarifa de 30% sobre os produtos importados da União Europeia e do México, a ser implementada a partir de 1 de agosto. Esta medida surpreendeu os funcionários e o mercado europeu, no entanto, tanto a União Europeia quanto o México afirmaram que continuarão a negociar com os EUA até o final de julho, na esperança de reduzir a taxa de tarifas.
A declaração de Trump ocorre na véspera da divulgação dos mais recentes dados sobre inflação nos Estados Unidos, que ajudarão o mercado a avaliar o impacto real das tarifas atualmente em vigor na economia americana.
A União Europeia pode ceder, mas não descarta medidas de retaliação.
Face à pressão dos EUA, economistas da UE apontaram várias estratégias possíveis, incluindo aumentar as compras de produtos dos EUA (como soja e armamentos), reduzir as tarifas sobre produtos importados dos EUA (como automóveis) e até restringir a exportação de certos produtos estratégicos (como medicamentos europeus).
Os economistas da ING, Brzeski e Fechner, alertam que a resposta mais radical pode ser a "tarifa digital" ou a imposição de regulamentações mais rigorosas sobre os gigantes tecnológicos americanos, o que pode desencadear uma guerra comercial total.
No entanto, a maioria dos analistas ainda acredita que os EUA e a Europa chegarão a um compromisso antes do prazo.
Possível proposta de compromisso: 15% de imposto de importação?
O economista-chefe do Commerzbank, Joerg Kraemer, afirmou em uma entrevista que espera que os EUA e a Europa finalmente cheguem a algum nível de compromisso, com uma taxa média de imposto que pode ficar em torno de 15%, acima dos 10% inicialmente esperados pelo mercado, mas ainda muito abaixo dos 30% propostos por Trump.
O economista da Berenberg, Salomon Fiedler, adota uma posição mais otimista, acreditando que as tarifas podem, no final, permanecer em 10%. Ele apontou que Trump frequentemente adotava uma posição extrema inicialmente, para depois ajustar sua posição a fim de alcançar seus objetivos de negociação.
Pressões políticas e econômicas internas, Trump pode ceder?
Fiedler também mencionou que Trump ainda não implementou imediatamente as tarifas, mas estabeleceu um prazo de 1 de agosto, o que significa que ainda há espaço para negociações. Além disso, as empresas podem repassar o custo das tarifas para os consumidores, o que também coloca a Casa Branca sob pressão potencial da opinião pública.
Do ponto de vista político, a relação entre a Casa Branca e o Federal Reserve (Fed) está tensa. O principal conselheiro econômico da Casa Branca, Hassett, afirmou no domingo que, se houver uma razão válida, Trump poderá considerar demitir o presidente do Fed, Jerome Powell. Isso destaca ainda mais a forte preocupação de Trump com a política de taxas de juros e o controle econômico.
Atitude da UE: ainda à procura de soluções, mas pronta para retaliar
O Comissário de Comércio da UE, Sefcovic, expressou arrependimento e desilusão pela carta de Trump, mas a UE continua comprometida em resolver a disputa através da negociação. Ele enfatizou: "Não podemos desistir das negociações sem um verdadeiro esforço." No entanto, a UE também adiou as medidas de retaliação originalmente previstas para serem iniciadas esta semana e está se preparando para uma resposta adicional. Com a aproximação de agosto, a UE precisa acelerar o ritmo para evitar uma escalada da situação.
A economia da Europa enfrenta pressão, especialistas pedem resposta rápida
Analistas alertam que a ameaça de uma tarifa de 30% certamente traz novas pressões para a Europa. A pesquisadora sênior do instituto Bruegel, Alicia Garcia-Herrero, afirmou: "Isso é uma má notícia para a Europa, Trump está tentando forçar a União Europeia a apresentar propostas mais sérias."
Dois economistas da ING também afirmaram: "Esta carta não é uma carta de amor, nem uma carta de ameaça, mas sim uma moeda de troca que Trump usa para pressionar na mesa de negociações."
Este artigo menciona que Trump ameaçou impor uma taxa de 30% sobre a Europa e o México, com a volatilidade do mercado de ações dos EUA sendo limitada, enquanto o mercado se concentra na divulgação dos relatórios financeiros das empresas. Apareceu pela primeira vez na Chain News ABMedia.